domingo, 1 de julho de 2007
3 dias
28/06/07
19h - Sem saber o que fazer, para onde ir e o que queria, resolvi fugir de tudo e refugiar-me no Porto (cidade maravilhosa que cada vez mais amo).
Um amigo abriu-me a porta. Pousei a mala, o computador e a máquina fotográfica e ouvi: "Vamos embora, vem connosco". Sem saber o que ía fazer percorri alguns pontos da cidade a pé e fui bater à tão linda e maravilhosa Ribeira.
Do tabuleiro de cima da ponte vi todas aquelas ruelas, casinhas, pormenores e cores que nunca pensei dar atenção. Sorria! Vestida de branco e vermelho num final de tarde duma quinta-feira. Pensava na máquina (tinha ficado na cantareira) para registar toda a paisagem, mas a mente do ser é humano é fantastica. Nada melhor que a memória que guarda todas as imagens, sons e cheiros que nenhuma fotografia o faria ou fará. Da Sé pelas Fontaínhas à Ribeira vivia emoções que há muito não sentia. O meu melhor amigo ali. Mais uma vez a proporcionar-me momentos maravilhosos, espontâneos...Estava feliz.
Na Ribeira umas azeitonas e um tasquinho para alegrar o estômago.
Noite de S. Pedro! Afurada era o destino mas o fogo não se ouvia e quando lá passamos a festa não existia. Rumo à Póvoa que o S. Pedro nos esperava. Ruas com gente, música, alegria. Estava cansada mas o cansaço foi vencido pela felicidade. Estava ali com os meus amigos.
De volta a casa. Dormir era o objectivo.
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29/06/07
15h o despertar, um banhinho tomado e a fantástica companhia do amigo incansável. Tarde de aperfeiçoamento das novas tecnologias. A vontade de ir embora era nula. A fome apertava, toca a jantar uma boa massa com frutos do mar. De branco abraçando a noite...estava estourada. Desejava ir para a cama esticar o meu corpinho que de feliz me pedia sossego. O amigo no trabalho ficou e a melhor amiga um beijo mereceu. Objectivos cumpridos, cama! O sono foi interrompido pelas dores nos gémeos que de tão fortes que eram me fizeram chorar de desespero. Nao percebia tal dor. Vencida pelo cansaço, adormeci.
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30/06/07
Despertar às 16h e mais uma vez a conversa e as novas tecnologias tomaram conta do resto da tarde. Estava maravilhada com tamanho sossego meu. Estava a amar todos os momentos que tinha para mim e para aqueles que me acompanhavam nestes poucos dias. 21h o amigo no trabalho e eu seguia para casa da nova mamã para poder abraçá-la e mostrar-lhe a minha felicidade (por mim e por ela). Jantar familiar (amigos e familia) todos com o objectivo de partilha deste momento com os novos papás. 3h rumo a casa. A Ambulância em direcção contrária leva-me a pensar na atenção dada ao meu caminho, em quem vai lá dentro e no que se teria passado, reduzo a velocidade e peço a quem me acompanha toda a protecção. Com a mão no meu ombro ele acalma-me , na certeza de que a maravilhosa cama há muito chamava por mim. Sorri.
Depois de ter postado "Não há prostitutas, há mulheres com azar" tudo fez eco:
- Para me entenderes tens que perceber e aceitar que EU SINTO ((dizia um amigo com todo o afinco, numa conversa informal numa mesa redonda). Uns são "eu sei", "eu acho", "eu quero", "eu sou". E eu sou "EU SINTO". E eu o que sou? (pensava eu)).
- Eu também escrevo, aliás eu também sei fazer muitas coisas e bem feitas (dizia eu numa tentativa de ser ouvida e integrada no projecto ali delineado).
- Escreve muito bem. Por acaso escreve bem. Escrita espontanea. Por acaso é (dizia o meu amigo, conversando com os seus botões).
- Sorria.
- Pai nosso...comecei com toda a fé pedindo que me ajudasse neste esclarecimento. Que estupidez a minha, recordar todos estes momentos pormenorizados. Mas onde quero mesmo chegar?
- Pai nosso que estais...
- Estiveste muito agressiva...(depois da noite do Eu sou...)
Cada vez que fecho os olhos retalhos de momentos me saltam do pensamento.
- Um abraço...(recebido sem contar. É como aquele café que nos servem sem pedirmos que nos delicia a garganta, não é?- desculpa utilizar a tua expressão mas é mesmo isto).
- Pai nosso...
- Um sorriso...( pela felicidade arrecadada em todos os momentos).
- Teresa... já há muito que não falamos. O caminho espiritual, os gostos e o reencontro...porquê agora?
- Porquê o Porto outra vez?
- Pai nosso...
- Fotografia...
- Os Blogs...
- O desejo de um negócio...
- O estar aqui assim...
- Pai nosso....
- Leituras...("Os cinco minutos de Deus", "O caminho menos percorrido")
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A dor - Ponto comum nestes pensamentos. Recebê-la, aceitá-la, analisá-la e superá-la. Estará sempre na minha vida mas será tratada sempre da melhor maneira.
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1 comentário:
"O caminho espiritual, os gostos eo reencontro..." fotografia e blogs, o Porto!!! Pois é amiga, a sincroni-cidade! Sabes que qt mais viajo mais amo o Porto. Para mim tb é uma cidade que acolhe, que reflecte as nossas sombras e que nos devolve a Luz maior.
Um abraço
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