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Não sei quantos quilometros fiz a pé mas sei que fiz muitos.
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Todos os dias das 9.30 às 19h andava a pé (andar a pé era um desejo mas não realizável). Paragem obrigatória para almoço. O objectivo era limpar todos os armários interiores (como se fosse possível). Para primeira limpeza não foi nada mal. O corpo respondia livremente à minha vontade. Queria sentir-me despojada de tudo o que me prendia e consegui-o. Sem mapa, sem orientação, após o primeiro passo o caminho da liberdade se construía.
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Pergunta da semana: "Dá-me um informação por favor, esta rua vai dar onde?" enquanto sorria. "Para onde quer ir?" tinha como resposta. "Para lado nenhum.", e ria-me agradecendo. E de facto não queria ir para lado nenhum. Queria andar, sentir-me livre, esbater os meus monstros e consegui.
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Andei sozinha (sempre sozinha quando nem num café entrava só), falei com gente que não conhecia, falei outras línguas (que sempre fugi delas), andei de metro (a confusão que me fazia só de pensar me perdia), de eléctrico (porque a ansiedade de como se pede e compra o bilhete estava sempre em pensamento) e teleférico (que nunca tinha andado, lá no alto só Deus, as estrelas e a minha lua), tirei fotografias, almocei sozinha (coisa que achava deprimente, mas que tanto desejava), fui ao teatro Villaret ver a peça "A Gorda" de NEIL LABUTE (fez-me muito bem ver-me em palco), jantei no Lisbon Lounge Hostel com a particularidade de que todos os hóspedes jantam na mesma mesa independentemente de nacionalidades e idades (sentar na mesa com gente que nao conheço e ainda por cima estrangeiros era algo desejável mas impensável), fui ao cinema ver "Nunca é tarde demais" com Jack Nicholson e Morgan Freeman (o filme indicado para esta fase da minha vida, apesar do tema central a morte, a amizade, sinceridade e encontro com o Eu são mensagens muito fortes), fui ao Speakeasy-bar ouvir os "Carapaus, Azeite e Alho" (uma bela noite portuguesa), fui ao Fado Castiço na "Tasca do Chico" - Bairro alto, vi a primeira feira de fotografia, n.º 0, organizada pela Sociedade Portuguesa de Lomografia, na Galeria 59, rua do Diário de Notícias no Bairro alto, fui ao Jardim Zoológico (um dia com os animais nunca é demais, dá mesmo que pensar, redes, comportamentos e nós ali) e AMEI Alfama.
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Uma vitória minha e para mim, sózinha! Quando impera a vontade nada nos faz perder o que queremos!
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Qual dores no corpo, qual timidez...A vontade dá-nos asas para voar e o condão para tornarmos os desejos reais!
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Um Olhar Diferente
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Todos os dias das 9.30 às 19h andava a pé (andar a pé era um desejo mas não realizável). Paragem obrigatória para almoço. O objectivo era limpar todos os armários interiores (como se fosse possível). Para primeira limpeza não foi nada mal. O corpo respondia livremente à minha vontade. Queria sentir-me despojada de tudo o que me prendia e consegui-o. Sem mapa, sem orientação, após o primeiro passo o caminho da liberdade se construía.
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Pergunta da semana: "Dá-me um informação por favor, esta rua vai dar onde?" enquanto sorria. "Para onde quer ir?" tinha como resposta. "Para lado nenhum.", e ria-me agradecendo. E de facto não queria ir para lado nenhum. Queria andar, sentir-me livre, esbater os meus monstros e consegui.
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Andei sozinha (sempre sozinha quando nem num café entrava só), falei com gente que não conhecia, falei outras línguas (que sempre fugi delas), andei de metro (a confusão que me fazia só de pensar me perdia), de eléctrico (porque a ansiedade de como se pede e compra o bilhete estava sempre em pensamento) e teleférico (que nunca tinha andado, lá no alto só Deus, as estrelas e a minha lua), tirei fotografias, almocei sozinha (coisa que achava deprimente, mas que tanto desejava), fui ao teatro Villaret ver a peça "A Gorda" de NEIL LABUTE (fez-me muito bem ver-me em palco), jantei no Lisbon Lounge Hostel com a particularidade de que todos os hóspedes jantam na mesma mesa independentemente de nacionalidades e idades (sentar na mesa com gente que nao conheço e ainda por cima estrangeiros era algo desejável mas impensável), fui ao cinema ver "Nunca é tarde demais" com Jack Nicholson e Morgan Freeman (o filme indicado para esta fase da minha vida, apesar do tema central a morte, a amizade, sinceridade e encontro com o Eu são mensagens muito fortes), fui ao Speakeasy-bar ouvir os "Carapaus, Azeite e Alho" (uma bela noite portuguesa), fui ao Fado Castiço na "Tasca do Chico" - Bairro alto, vi a primeira feira de fotografia, n.º 0, organizada pela Sociedade Portuguesa de Lomografia, na Galeria 59, rua do Diário de Notícias no Bairro alto, fui ao Jardim Zoológico (um dia com os animais nunca é demais, dá mesmo que pensar, redes, comportamentos e nós ali) e AMEI Alfama.
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Uma vitória minha e para mim, sózinha! Quando impera a vontade nada nos faz perder o que queremos!
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Qual dores no corpo, qual timidez...A vontade dá-nos asas para voar e o condão para tornarmos os desejos reais!
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Um Olhar Diferente
1 comentário:
Que bom ver-te voar!!!!
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